Durante quase toda a história da humanidade, os planetas que formam o nosso Sistema Solar não eram mais do que uns pontos de luz misteriosos que se moviam lentamente entre as estrelas fixas. Inclusive, depois da invenção do telescópio em 1609, pareciam-nos apenas pequenos discos esborratados, nos quais, no melhor dos casos, se podia apreciar alguns detalhes difusos. Esta situação mudou radicalmente com a chegada da astronáutica, em 1957, quando o Sputnik 1 inaugurou a Era Espacial.
Nas seis décadas que decorreram desde então, nós, os humanos, enviámos embaixadores robóticos (sondas automáticas de exploração) a todos os cantos do nosso sistema planetário, e, pela primeira vez na história, temos, por fim, um conhecimento fidedigno de como são fisicamente os nosso vizinhos no espaço, mundos que agora se nos apresentam tão reais e tangíveis como o é a nossa própria Terra. E, não menos importante: pudemos contemplar a nossa casa como ela é a partir do cosmos, um maravilhoso, e, ao mesmo tempo, pequeno e frágil oásis de vida no espaço.