Programa de apoio para instituições de pesquisa em saúde em África

Contribuímos para melhorar a qualidade da gestão e da coordenação das investigações levadas a cabo em países africanos lusófonos (PALOP).

  • O QUE FAZEMOS

    A investigação na área da saúde em África teve um crescente apoio internacional nas últimas décadas. Contudo, as instituições de investigação enfrentam grandes dificuldades para desenvolver boas práticas no âmbito da gestão, organização e planeamento, essenciais para garantir a sustentabilidade dessas investigações.

    Por este motivo, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação ”la Caixa”, com o apoio do Centro de Investigação em Saúde da Manhiça-Moçambique e do Institut de Salut Global de Barcelona (ISGlobal) organizaram 3 edições de um Curso de Gestão da Ciência entre 2018 e 2021

    Por outro lado, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação ”la Caixa” promoveram em 2021 um concurso para apoiar projetos de investigação em saúde dirigidos aos participantes das três edições do Curso de Gestão da Ciência.

  • RESULTADOS

    • Formados 46 investigadores e/ou gestores de instituições de investigação, públicas ou privadas, na área da saúde, de países africanos lusófonos (PALOP).

    • Selecionados 3 projetos focados nas áreas do microbioma, cancro e COVID-19, liderados por investigadores de Angola, Cabo Verde e Moçambiqu e com duração de 2 a 3 anos.

  • PROJETOS SELECIONADOS

    • O Instituto Nacional de Investigação em Saúde, através do Centro de Investigação em Saúde de Angola, vai desenvolver o projeto “Helminth infections and allergic respiratory diseases. Does a neglected tropical disease influence a non-communicable disease?”. Este projeto tem como objetivo perceber a ligação entre a doença respiratória alérgica com a presença de helmintos (parasitas intestinais) e o papel que o microbioma intestinal possa ter na asma e no controlo dos helmintos. Este projeto é uma parceria com o Hospital Militar de Luanda e a Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Lisboa.

    • O Instituto Nacional de Saúde de Moçambique vai desenvolver o projeto “Epidemiology and characteristics of SARS-CoV-2 infection among children and their households in Mozambique”. O projeto consiste no estudo do SARS-Cov-2 em crianças de três escolas primárias de bairros urbanos, peri urbanos e rurais de Maputo. Os investigadores vão analisar a taxa de mortalidade e morbilidade nestas faixas etárias, assim como realizar um estudo epidemiológico e um inquérito de sero prevalência que permitirá perceber a exposição ao vírus pelas crianças.

    • A Universidade de Cabo Verde vai desenvolver o projeto “Clinical-Pathological Characterization of PALOP'S Cancer - INCUBATOR”, um projeto que tem como objetivo perceber a incidência do cancro da próstata em Cabo Verde e Moçambique, fazer um estudo biológico, saber qual o subtipo mais frequente daquele que é o cancro que mais mata em Cabo Verde. Este projeto inclui ainda a criação do laboratório digital “INCUBATOR”, uma plataforma para a publicação de dados e informações para apoio ao diagnostico do cancro da próstata. O projeto é uma parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique.

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